Recado pra toda vida :

Recado pra toda vida :

Mariene de Castro - Musicas com Axé !

Vi Mamãe na areia 

Prece de Pescador

Ponto de Nanã
                                 

Filha do Mar

Roda Ciranda
                                 

Rio Grande do Sul e Religiões Afros


DIA 20 DE SETEMBRO, COMEMORAÇÃO DA SEMANA FARROUPILHA.


NO DIA 20 DE SETEMBRO, OS GAÚCHOS COMEMORAM UMA DATA MUITO 
IMPORTANTE, LEMBRAMOS NESSA DATA A LEMBRANÇA DA REVOLUÇÃO 
FARROUPILHA.

PORTANTO GOSTARIA DE HOMENAGEAR MEUS ANTEPASSADOS NESSE POST 
E REVER ALGUNS ITENS INTERESSANTES, PRINCIPALMENTE NO ASPECTO 
RELIGIOSO DO BLOG;

O BRASÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ,ASSIM COMO A 
PRÓPRIA REVOLUÇÃO, FORAM COORDENADOS, POR DENTRE TANTOS 
HOMENS, ALGUNS MAÇONS, COM SEUS SÍMBOLOS E TAMBÉM ATITUDES.

SENDO SEU ÍCONE FARROUPILHA, O GENERAL BENTO GONÇALVES, ERA MAÇOM DE ELEVADÍSSIMO GRAU 33.




Lanceiros Negros é o nome dado a dois corpos de lanceiros constituídos, 
basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que 
lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, 
totalizando 426 lanceiros .
Em algumas batalhas farroupilhas, esse formidável grupo de lanceiros, 
realizavam um ritual religioso que hoje conhecemos como batuque, o nosso 
"candomblé" aqui no Rio Grande do Sul.


AS MISSÕES JESUÍTICAS SERVIRAM DE INTERPOSTO PARA A MONARQUIA 
PORTUGUESA, PARA GARANTIR SEU POVOAMENTO AQUI NO NOSSO ESTADO.



ÍNDIOS CHARRUAS, ETNIA INDÍGENA AQUI DO ESTADO, TOTALMENTE DIZÍMADA POR GUERRAS, DOENÇAS E ESCRAVIDÃO.
SÃO A PRÓPRIA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL.




AS CHARQUEADAS E O TRABALHO DOS NEGROS ESCRAVOS.



CARROÇÃO GAÚCHO


CARROÇÃO CIGANO

                                                                FESTA GAÚCHA


FESTA CIGANA


ROUPA DO GAÚCHO                 ROUPA DO CIGANO


A ROUPA E OS COSTUMES DOS CIGANOS ASSIM COMO A CULTURA GAÚCHA 
DERIVAM DA MESMA LINHA, ESPANHOLA E MOURA ( ÁRABE), SENDO QUE O GAÚCHO 
DE ANTIGAMENTE ERA MUITO CONFUNDIDO COM CIGANOS POR SUA VIDA NÔMADE.

E CONFORME ÚLTIMA PESQUISA DO IBGE, NO RIO GRANDE DO SUL, É O 
ESTADO BRASILEIRO QUE MAIS SE ENCONTRA ADEPTOS A UMBANDA E 
RELIGIÕES AFRICANISTAS.

COMO DIRIA A ESTROFE DO HINO RIO GRANDENSE :

POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE , ACABA POR SER ESCRAVO.

CULTUEMOS NOSSO PASSADO, SEM ESQUECER DE NOSSO FUTURO, 
SEM MEDO E DE PEITO ABERTO.


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Governador recebe lideranças de religiões de matriz africana 

no Palácio Piratini (RIO GRANDE DO SUL)



Em comemoração à Semana da Consciência Negra, o governador 
Tarso Genro Genro se reuniu ,nesta segunda-feira (21), no Palácio Piratini,
com lideranças de religiões de matriz africana, quilombolas e Movimento 
Negro. Eles foram recebidos para um almoço no Galpão Crioulo.
A coordenadora nacional de Segurança Nutricional para os Povos e Terreiros 
do RS, Vera Soares, entregou ao governador um documento em que pede a 
criação de políticas públicas baseadas na igualdade social e no respeito à cultura africana. Tarso garantiu que vai atender à solicitação das entidades, fortalecer os 
projetos de igualdade social e incluir um representante da religião africana no 
Conselhão. O Chefe do Executivo anunciou, ainda, o lançamento de uma antologia 
do poeta negro Oliveira Silveira. “Ele é o símbolo da poesia negra de todo País, 
a poesia negra moderna de todo país”, afirmou.
Tarso lembrou que os 64 mil terreiros no Estado precisam estar integrados às 
políticas públicas. “Temos que colocar esses terreiros articulados com o Estado 
para que possamos desenvolver políticas inclusivas culturais e de saúde pública”, 
afirmou.
Chefe de gabinete do governador, Vinícius Wu prestou contas das ações do grupo 
de trabalho do Estado, formado por 22 secretarias, para acelerar iniciativas do 
Executivo a populações quilombolas do RS. Wu encaminhou diagnóstico sobre a 
situação no RS ao Incra e à Funasa. No documento consta a demanda existente das comunidades quilombolas no que diz respeito ao acesso à água e luz.
Vera elogiou a iniciativa do Governo do Estado. “Nos sentimos maduros e legítimos 
para entregar o documento ao governador. É uma avanço e vai ser uma conquista 
depois de realizado”, avaliou.
O presidente da rede Nacional de Religião Afrobrasileira e Saúde, Valmir Martins, 
disse que o encontro representa uma evolução nas relações com o Executivo. 
“Quando o Governo do Estado abre as suas portas para o diálogo com a 
comunidade tradicional de terreiro, ele está verdadeiramente fazendo cumprir um 
plano de governo que é essencial para que a gente possa avançar em políticas 
públicas, não só para terreiro, mas para o povo negro”.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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                       Estátuas de Orixás no Rio Grande do Sul






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Informações retiradas do blog :



Religião criando cidadãos


                 Toda religião ajuda um cidadão a ser mais civilizado, baseado nas suas crenças. No Budismo,Judaísmo e Islamismo não são diferentes.
                
                 No Budismo, existem cinco mandamentos. Os mandamentos são: não matar, não roubar, não mentir, não ter má conduta sexual e não usar drogas.
                  A religião Budista é muito pacifista. A religião Budista acredita que o sofrimento é causado por três venenos: raiva, ganância e ignorância.  Eles também seguem uma outra lei chamada o Caminho do Meio, essa lei fala que a pessoa tem que saber lidar com as coisas, a pessoa não pode ser muito radical.Isso tudo ajuda a formar um cidadão melhor.
                  O Judaísmo, é uma religião que ajuda a cada vez mais gerar cidadãos melhores na sociedade. Os Judeus representam uma pequena parte da população no mundo de 0,2% eles já ganharam muitos prêmios Nobel, cerca de 140 dos 700 já entregues. Eles ganharam diversos prêmios Nobel pois em suas igrejas estudar é muito importante.Todas as famílias judias preservam muito o estudo, pois isso faz as pessoas alcançarem o sucesso.E isso faz gerar cidadãos mais cultos e melhores.
                 No Islamismo, existem os Xiitas que são muito radicais, mais com isso ajuda a formar cidadãos melhores e mais disciplinados.O livro Corão é para eles como uma Bíblia para os católicos, mas o Corão tem que ser lido querendo ou não, para você virar realmente um islâmico, com isso existem poucas pessoas analfabetas pois eles são obrigadas a ler o Corão, o livro fala que roubar é muito errado e isso ajuda a formar cidadãos mais focados em seu dever.
                 Se todas as religiões fossem como essa três o mundo seria melhor e as pessoas cometeriam menos crimes e seriam pessoas mais cultas e melhores sucedidas e o analfabetismo seria menor.

Orixá Yemanjá - Características, fundamentos, ervas, lenda


YEMANJÁ


Yemanjá = Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes


                           O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos em si mesma). representa a gestação e a procriação. Em alguns mitos, considera-se mulher de Orányan (descendente e fundador de Oyó) de quem ela concebeu Sango.

                           A mãe dos Orixás, esposa de Orinsánla. No Brasil é a deus do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e Orixá Egbá, onde existe o rio Yemoja. Também a deusa do encontro das águas do rio e do mar. a mais antiga é Iyá Sagba, que quer dizer, a Mãe que passeia sobre as ondas.
                           Segundo algumas fontes : Orixá dos rios e correntes, especialmente do Rio Ogún, na África, seria filha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyian, fundador mítico de Oyó, teria sido esposa de Aganjú, e com ele teve um filho, Orúngan, que a violou e dela são descendentes outros 15 Orixás : Dadá, Sango, Ogum, Olokun, Olosá, Iansã, Oxum, Obá, Oko, Oke, Saponan, Orun (Sol) e Osupá (Lua), Ososo e Aje Salunga (Orixá da riqueza). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos (ibú) do rio.
                         
• Fundamentos :  Yemanjá Ogunte ---> fundamento com Ogum e Exú
                              Yemanjá Saba ---> fundamento com Oxalufã e Exú (é a fiadeira de Orunmilá)
                              Yemanjá Sesu/ Susure ---> respeitável mensageira de Olokun
                              Yemanjá Tuman/ Ayun/ Iewa
                              Yemanjá Ataramogba/ Iyáku ---> (vive na espuma da ressaca da maré)
                              Iya Masemake/ Iamasse ---> (mãe de Xangô
                              Awoyó/ Iemowo ---> (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)

• Características :   Saudação ---> Odoyiá  =  Mãe do rio
                                                            Odófé Ayágba  =  Amada Senhora do Rio
                                  Símbolos ---> Abébé (leque) em metal branco com figuras de peixe ou sereia
                                  Dia da semana ---> Sábado
                                  Dia do ano ---> 2 de Fevereiro (RJ) e 15 de Agosto (BH)
                                  Sincretismo ---> Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das
                                                               Candeias e Nossa Senhora dos Navegantes
                                  Frutas ---> uva moscatel, pera, etc
                                  Flores ---> Palmas e rosas branca e todas as flores brancas
                                  Reino Animal ---> Cisne, pata, gaivota, coral branco
                                  Reino Mineral ---> Prata, platina, cristal de quartzo branco e rosa, pedra        
                                                                  branca marinha
                                  Odu principal ---> Ossá (nove)
                                  Cores ---> Azul claro, branco e azul; rosa claro
                                  Armas ---> Adaga prateada (Iemanjá Ogunté)
                                  Kisilas ---> Roupas pretas e as vezes frutos do mar, poeira, carvão, azeite 
                                                      de dendê, pimenta, etc
                                  Cristais ---> Cristal de quartzo branco e rosa, pedra branca marinha
                                                        e água marinha

• Ervas :       Teté  =  Bredo sem espinhos
                      Orim-rim  =  Alfavaquinha
                      Odum-dum  =  folha da costa 
                      Efim  =  malva branca
                      Omin-ojú  =  golfo branco
                      Jacomijé  =  jarrinha
                      Ibin  =  folha de bicho
                      Já  =  capeba
                      Obaya  =  Beti cheiroso
                      Iróko  =  Folha de loko
                      Tinin  =  Folha de neve branca, cana do brejo
                      Ereximominpala  =  golfo de baronesa
                      Teterégún  =  Canela de macaco
                      Monan  =  Parietária
                      Jamim  =  Cajá
                     Obô  =  rama de leite

• Lenda :
                      Olodumare fez o mundo e repartiu entre os Orixás vário poderes, dando a cada um reino para cuidar.
                      A Exú deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas. A Ogum, o poder de forjar os utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos. A Oxóssi, o poder sobre a caça e a fartura. A Obaluaê, o poder de controlar as doenças de pele. Oxumarê, seria o arco-iris, embelezaria a Terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores. Xangô recebeu o poder da justiça e sobre os trovões. Oyá / Iansã reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios. Ewá controlaria a subida dos mortos para o orum, bem como reinaria sobre os cemitérios. Oxum seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da Terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio. Nanã recebeu a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais, nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. além disso, do seu reino sairia a lama da qual Oxalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de Oxaguiã que inventou a cultura material.
                         Para Yemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de oxalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
                         Iemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
                         Durante muito tempo Yemanjá reclamou dessa condição e tanto falou
                         

Orixá Xangô - Características, fundamentos, ervas e lendas

   

                                                                    XANGÔ  
  
                               Teria sido o 3° Rei de Oyó, filho de Oranian e Torosi, irmão de Ogum e Obaluaiyé. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde em Kóso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram pelo seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu impor-se por sua força. em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, one estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô. Conservou, assim, seu titulo de Obá kóso, que com o passar do tempo, veio a fazer parte de seu Oríki.
                                Xangô é viril e atravido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão de sobra para ser denominado deus da justiça. Os Édún Árá (pedras de raio - na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas emanações de Xangô, e são colocadas sobre um Odó (pilão de madeira esculpida - consagrada a Xangô). seu simbolo é Oxé (machado de duas lâminas).
                                 Em sua dança, o alujá, Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadencia se acelera, ela faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, elança-las sobre a terra.




• Características :  Saudação ---> Kawó Kabiyésílé ! (venha ver o Rei descer sobre a Terra! )
                                 Simbolos ---> Oxé = machado de duas laminas
                                                          Odó = pilão de madeira gameleira
                                                          Xere = espécie de chocalho que quando balança imita o barulho da chuva
                                 Dia da semana ---> Quarta-feira
                                 Sincretismo ---> São Jeronimo (RJ) / São Pedro / São João Batista
                                 Elemento ---> Fogo
                                 Reino Vegetal ---> Ervas, mamão, jambo, quiabo e flores vermelhas
                                 Reino Animal ---> Cágado, carneiro, leão
                                 Reino Mineral ---> Os édún árá (pedras de raio/ pedras neolíticas em forma  
                                                                  em forma de machado)
                                 Cristal ---> Granada
                                 Odu principal ---> 6 Obará e 12 Ejilasébora
                                 Cores ---> Vermelho e branco
                                 Armas ---> Machado de duas lâminas e édún árá (pedras)
                                 Kisila (problemas) ---> Obi (representa a vida e Xangô [ e vidas  Eguns] )





• Fundamentos :     Badesi ---> fundamento com Yemanjá e Oxóssi 
                                 Afonjá ---> fundamento com Yemanjá e Iroko
                                 Ogodo ---> fundamento com Oxum Caré
                                 Koso ---> fundamento com Iansã (Oyá)
                                 Aganju ---> fundamento com Iansã (Oyá), Oxalufã e Exú
                                 Baru ---> fundamento com Omulú e Iansã (Oyá)
                                 Alafin ---> todo Xangô é 
                                 Airá ---> fundamento com Oxaguiã
                                 Abomi ---> fundamento com Oxum
                                 Sobo ---> fundamento com Oyá Topé 

• Ervas :                  Teté = Bredo sem espinhos
                                 Orin-rin = Alfavaquinha
                                 Odum-dum = Folha da costa
                                 Jacomijé = Jarrinha
                                 Bamba = Folha de mibamba
                                 Alapá = folha de capitão
                                 Pepê = folha de loko
                                 Oicô = folha de caruru
                                 Xerê-Obá = chocalho de Xangô
                                Oxé-Obá = Birreiro
                                 Monan = Parietária
                                 Aferé = Mutamba
                                 Obô = Rama de leite
                                 Odidi = Bico de papagaio
                                 Obaya = Beti cheiroso (macho ou fêmea)



• Lendas : 
                       1° - Quando Xangô pediu a Oxum em casamento, ela disse que aceitaria com uma condição, de que ele levasse o pai dela, Oxalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Xangô, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço para o resto da vida; e os dois se casaram. Então, Xangô arranjou uma porção de contas vermelhas e outras contas brancas, e fez um colar com as duas misturas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Oxum " - Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre "
                         2° -  Xangô vivia em seu reino com suas 3 mulheres (Iansã, Oxum e Obá), muitos servos, exércitos, gado e riquezas. Certo dia, ele subiu num morro próximo, junto com Iansã, ele queria testar um feitiço que inventara para lançar raios muito fortes. Quando recitou a formula, ouvi-se uma série de estrondos e muitos e muitos raios riscaram o céu. Quando tudo se acalmou, Xangô olhou em direção a cidade e viu que seu palácio fora atingido. Ele e Iansã correram para lá e viram que não havia sobrado nada nem ninguém. Desesperado, xangô bateu com os pés no chão e afundou pela terra; Iansã o imitou. Oxum e obá viraram rios, e os 4 se tornaram Orixás.



Orixá Ogum - Características, fundamentos, ervas, lenda


                                                                 OGUM   

                 Filho de Yemanjá ou Odudua com Oxalá. Ogum data de tempos proto-históricos e pré-históricos, violento e pioneiro, suas armas foram primeiro de pedra, depois o ferro. Sua primogenitura converte-o em quase irmão gêmeo de Exu.
                 Deus da guerra, imagem ou arquétipo do soldado, Ogum é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por consequência) em seu trabalho : agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, militares escultores e outros que se juntaram ao grupo desde o inicio do seculo; mecânico e motoristas; estão sintonizados com a energia de Ogum.
                 Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. 
                 Orixá de personalidade violento, obstinado, constante, viril, disciplinado, quando não rígida  historicamente, teria sido o filho mais velho de Odudua, o fundadora de ifé, usando o titulo de Oniré (Rei de Irê), por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei, usava um diadema, chamada akoró, e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nomes de Ogún, Oniré e Ogum Alaàkoró, inclusive no Brasil, trazidos pelos descendentes dos Yorubás.
                    Ogum é unico, mas, em Irê, diz-se que ele é composto de sete partes. Ogum Mejeje Loode Iré, frase que faz alusão as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Irê. O numero 7 é associado a Ogum e ele é representado nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de 7, 14 ou 21, pendurados numa haste horizontal, também de ferro : lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, símbolos de sus atividades.          

               

• Fundamentos :    Ogum-Já ---> Fundamento com Oxalá, Oxaguiã, Iemanjá e Oxum
                                Ogum-Ajá ---> Fundamento com Obaluaiyé e Sakapta
                                Ogum-Naruê ---> Fundamento com Oxum Caré
                                Ogum-Alé ---> Fundamento com Oxum Opará
                                Ogum-Wári ---> Fundamento com Exú e Oxóssi
                                Ogum-Dagolonakólá ---> Fundamento com Exú e Obaluaiyé
                                Ogum-Meje ---> Fundamento com Iansã e Ossaim
                                Ogum-Biole ---> Fundamento com Oxalufã
                                Ogum-Onije ---> Fundamento com Omulú
                                Ogum-Lebédé ---> Fundamento com Exú e Xangô
                                Ogum-Obefarán ---> Fundamento com Exú e Oxóssi
                                Ogum-To ---> Não tem fundamento com outros Orixás
                                Ogum-Sorokê ---> Fundamento com Exú e Omulú (se veste com mariwo)
                                Ogum-Sogún ---> Seis meses Exú e seis meses Ogum



• Características :  ○Saudação ---> Patakory Ogum ! (importante,supremo Orixá em nossa  cabeça)
                                                             Ogum Yé ! (Ogum sobrevive forte)
                               
                                 ○Símbolos ---> Ferramentas em forma de leque, representando os 7 caminhos, e pás, ancinho, enxada, foice, picareta, martelo, espada, bigorna e todas as ferramentas de agricultura e de guerra feitas em aço e ferro.
                                 ○Dia da semana ---> Terça-feira
                                 ○Dia do ano ---> 23 de Abril (RJ) / 20 de Janeiro (BH) 
                                 ○Sincretismo ---> São Jorge (RJ) / São Sebastião e Santo Antônio (BH)
                                 ○Elemento ---> Fogo
                                 ○Reino Vegetal ---> Ervas, frutas (manga espada, banana, cebola,etc), flores (crista de galo, palmas vermelhas)
                                 ○Reino Animal ---> Cavalo, cavalo marinho, cachorro e gavião
                                 ○Odu principal ---> 3 Eta Ogunda
                                 ○ Cores ---> Azul royal e branco
                                 ○Armas ---> Escudo e espada
                                 ○Cristal ---> Lapis Lazuli
                                 ○Kisilas (problemas com) ---> Alguns crustáceos, cajá e quiabo



• Ervas :        Mariwô = Folha de palmeira de dendê
                      Espada de ogum
                      Odun-dun = Folha da costa (saião)
                      Teterégún = Canela de macaco
                      Monam = Parietária
                      Orin-rin = Alfavaquinha
                      Piperégún = Nativo
                      Obô = Rama de leite
                      Eregê = Erva tostão, graminha
                      Ibin = Folha de bicho
                      Afoman = Erva de passarinho
                      Omun = Bredo

• Lenda : 
                          Oyá era a companheira de Ogum antes de se tornar mulher de Xangô. Ela ajudava o deus dos ferreiros no seu trabalho; carregava docilmente seus instrumentos, da casa a oficina, e lá manejava o fole para ativar o fogo da forja. um dia, Ogum ofereceu a Oyá uma vara de ferro, semelhante a uma de sua propriedade, e que tinha o dom de dividir em 7 partes os homens e em 9 as mulheres que por elas fossem tocadas no decorrer de uma briga.
                           Xangô gostava de vir sentar-se a forja a fim de apreciar Ogum bater o ferro, e frequentemente, lançava olhares a Iansã; esta por sua vez, também o olhava furtivamente. Xangô era muito elegante, seus cabelo eram trançados e usava brincos, colares e pulseira.
Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Aconteceu então o que era de se esperar : um belo dia, ela fugiu com Xangô. Ogum lançou-se a sua perseguição, encontro os fugitivos e brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo e assim, Ogum foi dividido em 7 partes e Iansã em 9 partes, recebendo ele o noma de Ogum-Mejé e ela o de Yansã, cuja origem vem de Iyámésan (a mãe transformada em 9).
                            Ogum e xangô nunca se reconciliaram, e vez por outra, se degladiavam nas mais absurdas disputas. Certa vez Ogum propôs a Xangô que dessem uma trégua em suas lutas, pelo menos até a próxima lua que chegaria. Xangô fez alguns gracejos aos quais Ogum revidou, mas decidiram por uma aposta, continuando assim a disputa.
                            Ogum propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior numero de búzios que conseguissem e quem vencesse daria ao perdedor o fruto da coleta.
                              Deixando Xangô, Ogum seguiu para a casa de Oyá e solicitou-lhe que pedisse a Ikú (morte) que fosse a praia no horário em que ele havia combinado com Xangô  Oyá exigiu uma quantia em ouro, o que prontamente recebeu de Ogum. Na manhã seguinte, Ogum e Xangô se apresentaram na praia, iniciando a disputa.
                             Vez por outra se entreolhavam, e Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogum. O que xangô não percebeu é que Ikú havia se aproximado dele. Xangô levantou os olhos e se deparou com Ikú que riu de seu espanto. Xangô largou sua sacola com os búzios colhidos e desesperado se escondeu de Ikú. A noite ogum procurou Xangô mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreio o fruto de sua coleta. 

Orixá Elegbara - Características, ervas, lenda

ELEGBARA                      

                    É um Vodun (Orixá) originário de Dahomé e migou para o haiti sendo o seu culto desconhecido no Brasil.
                   Segundo a Mitologia, é o filho mais novo e preferido da deusa Mawu (Odudua). Conhece todos os idiomas e sabe tudo que se passa na vida da humanidade. Seu assentamento fica na entrada das casas, tem a função de guardião e de levar informações do que se passa na Terra. Seus iniciados são os " Legbasi ". Seu culto é facilmente encontrado em todos os templos, pois é ele que abre o caminho para outros Voduns atuarem. É o guardião dos templos, casas e aldeias.
                    Legbá é a energia divina mediadora das comunicações; representa o principio espiritual da conexão e das trocas o mestre dos caminhos e das encruzilhadas. Conhece a linguagem do todos os deuses e dos humanos, por isso é quem abre o ritual comunicando-se com os outros deuses do panteão Ewé-Fon.
                     Ele é capaz de fazer conexão entre os humanos e as coisas divinas. É também considerada o principio vital, o inicio da atividade de procriação. É o único que conhece a linguagem sagrada de Mawu-Liza, o Vodun Supremo. Todas as preces e sacrifícios aos Voduns são encaminhados por Legbá.
                     Somente ele é capaz de abrir os Portões Sagrados, levando as orações, os agradecimentos, pedidos e oferendas. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação. Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dezan (palmas verdes e desfiadas de dendezeiro, onde os comerciantes fazem oferendas).

• Ervas de Legbá :   Odun-dun = Folha da costa
                                   Teté = Bredo (sem espeinhos)
                                   Orim-rim = Alfavaquinha
                                   Inã = Cansanção branco de leite
                                   Folha de dendezeiro verde

• Características :    Tridente ---> representa os vários caminhos
                                   Saudação ---> Laroyè ! Legba Vodunci !
                                   Dia da semana ---> Sábado
                                   Odu ---> 1 Okaran e 11 Owarin
                                   Cores ---> Preta e vermelho
                                   Elemento ---> Fogo e Terra
                                   Reino Vegetal ---> Ervas 
                                   Reino Mineral ---> Laterita 
                                   Reino Animal ---> Cobra e cachorro
                                   Sincretismo ---> Lilith (lua negra)
                                   Dia do ano ---> 13 de Junho e 16 de Outubro

• Lenda :             
                          Conta a lenda que Legba, osetimo filho do casal divino Mawu-lissa, foi muito mimado e não quiz sair de perto dos pais, permanencendo sempre acocorado a seus pés.
                          A cada vodum, Mawu ensinou uma linguá diferente, que deveria ser usada em seus próprios  dominios e Djó um de seus irmãos ficou encarregado de ensinar a linguagem dos homens, mas todos se esquecerem como falar a linguagem de Mawu, com exceção de Legba, que nunca se separou de seus genitores.   
                           Assim, todos os voduns e toda a humanidade teria que recorrer a legba para se comunicar com Mawu. Legba passou assim a estar em toda parte, para levar e trazer mensagens dos seres criados à Criadora, já que podia falar todas as linguas e assim ser entendido por todos.